quinta-feira, 14 de maio de 2015

10/05/15 1º ciclo menstrual após o aborto

22º

Após exatos 28 dias de ciclo, menstruei normalmente, no dia 10/05, menstruação essa super tranquila, sem uma cólica sequer, sangramento normal, sem coágulos e estou super feliz por isso, pois estive no meu médico levando uns exames de triagem para aborto de repetição (todos absolutamente normais) e ele me pediu somente dois ciclos antes de tentarmos nova transferência. Portanto, menstruei agora, e menstruarei no mês de junho novamente, e então quando menstruar em julho iremos dar início ao preparo do endométrio para transferir novamente outros embriões.

O que fica disso tudo. Acho que fica principalmente a experiência de que somos somente a vontade de Deus, e que se Ele, em sua imensa sabedoria, não permitiu que fosse dessa vez, quem somos nós para questionar? Agradeço todos os dias a Deus por ter me permitido sentir a sensação de ser mãe, nem que fosse por algumas semanas, mas que já valeu por todos os anos de espera e de sonhos e que meus dois anjos estão lá junto com Ele, esperando o dia do nosso reencontro.

Vamos tentar novamente, mas agora com a alma renovada, com experiência de como é uma FIV, como é ter um positivo nas mãos, como é lidar com os enjoos, com a oscilação de humor, enfim, tudo será muito mais tranquilo e sem tanta ansiedade.

Conforme as novidades forem acontecendo, venho aqui conversar com vcs. Qualquer dúvida tb podem perguntar, afinal resolvi fazer isso aqui pra ajudar muitas pessoas que, assim como eu, tem dúvidas, ou tiveram, ou ainda terão com relação a esse assunto tão delicado.
Um beijo a cada uma sonhadora e lutadora, tenhamos sem pre fé, forças e nunca desistamos dos nossos sonhos, pq Deus é muito fiel e Ele vai nos dar a nossa tão sonhada recompensa.

12/04/15 - O aborto

21º

12/04/15 - O aborto

Na sexta-feira, dia 10/4, comecei a perceber que havia uma borra saindo, em pequena quantidade, mas já era sinal de que algo estava para acontecer. Passei a semana toda tomando chá de canela bem forte, água inglesa, tudo o que me ensinavam para abortar eu tomava, simplesmente para que esse dia acontecesse logo e eu ficasse livre daquele embrião morto e dos sintomas que estavam me matando. No sábado, no final do dia, tive umas cólicas horríveis, mas eram poucas e bem espaçadas, mas falar que nunca tinha sentido nada parecido, era como se estivessem enfiando uma faca no meu útero. Fui dormir sentindo aquilo, mas sabia que não poderia tomar nada que parasse com as cólicas, pois elas seriam essenciais no processo de expulsão de todo o saco gestacional.

No domingo do dia 12/04, acordei tarde e fui fazer uma lasanha para o almoço, quando, de repente, por volta de meio dia, comecei a sentir uma contração atrás da outra. Em princípio eram espaçadas, depois se tornaram mais próximas umas das outras, dores alucinantes, que me faziam deitar e rolar, encolher as pernas, gemer, chorar, enfim, não dá pra descrever. As 14h30 tive a ultima e mais forte cólica, foi quando levantei da cadeira e senti o coágulo descendo. Corri para o banheiro, quando sentei no vaso vieram mais duas grandes e volumosas bolas de sangue. Fiquei olhando aquilo, era sangue demais. Tirei a roupa, entrei no chuveiro se fiquei uns 15 minutos sob a água e era sangue que descia que não acabava mais. Ao final do banho coloquei um absorvente que simplesmente encharcou em 15 minutos, e depois disso nada mais de sangramento, nenhuma dor, cólica, mal estar nada, como se tivesse tirado com a mão todo o mal.

Continuei sangrando por alguns dias, de forma bem tranquila, como se fosse uma menstruação normal e no dia 16/04 fui à emergência de um hospital, pois estava sentindo uma dor terrível bem localizada no ovário esquerdo, então pensei que pudesse ser algum problema, e lá fiz um ultrassom que detectou que todo o saco gestacional havia sido expelido, não restava nada no meu útero.

Glória a Deus que tive paciência, tolerância e soube esperar pelo momento certo, mesmo estando passando tão mal, pois hoje, não estaria tão recuperada se tivesse passado pelo procedimento da curetagem.

D46 - 8 semanas

20º

31/03/15 D46 - 8 semanas de gestação

Ontem, segunda-feira, segundo a primeira ultrassonografia estaria completando 8 semanas. É, isso mesmo, estaria, pq hoje durante o exame para ver como estava o desenvolvimento do meu embriãozinho, foi detectado que seu frágil e pequeno coração  havia parado de bater e, portanto, cessado o seu desenvolvimento exatamente com 6 semanas e 2 dias.
A princípio o médico que fazia o exame me perguntou de quantas semanas eu estava. Quando respondi que seriam de 8, ele logo me falou, com certa delicadeza, que meu bb não estava com o tamanho esperado para a quantidade de semanas que eu havia falado, e então passou a sonda no coração e não viu sequer resquícios de batimento cardíaco. Olhei para o lado, meu esposo estava em pé, e não consegui esboçar nenhuma reação enquanto o médico falava, só olhava para ele, quando ele começou a chorar então eu desabei.

Saímos do consultório do médico e sentamos em uma mureta que tinha na frente da sala e nos abraçamos e choramos por longos minutos. Veio em mim a sensação de incapacidade total, de mulher que não consegue sequer gerar um filho, já é meu segundo aborto seguido. Enfim, me culpei em pensamentos, enquanto meu marido me abraçava e dizia que iríamos tentar novamente e que iríamos conseguir. Não sei dizer quem chorou mais, mas como é preciso levantar a cabeça e recomeçar, lá fomos nós.

O grande problema dessa história toda é que com o uso do Ultrogestan, a progesterona mantem viável a implantação e o saco gestacional, e não tem sangramento ou qualquer outro sintoma que faça vc desconfiar que não há vida mais se desenvolvendo. Se eu não tivesse feito essa ecografia, somente iria descobrir com 12 semanas, o que acho que seria ainda mais doloroso saber que estava carregando um embrião morto dentro de mim por tantas semanas seguidas.

Nesse dia parei com todas as medicações, pois a progesterona precisava baixar a níveis críticos para que começasse a haver o descolamento da placenta e então o aborto. Decidi, em conjunto com o médico que fez a fertilização, que iríamos aguardar os dias passarem para o aborto ocorrer de forma espontânea, mesmo pq uma curetagem nessa altura do campeonato iria prejudicar muito o endométrio o que iria me fazer ter que esperar ainda mais tempo para tentar nova transferência embrionária. Procurei imediatamente o médico que havia iniciado o pré-natal e ele queria fazer uma curetagem, e pra completar disse que como meu plano de saúde estava "defasado" (como pode uma Cassi da vida estar defasada) iria me cobrar somente 1.500 reais a mais para fazer a tal curetagem, mas que não era pra eu me preocupar que ele dividiria pra mim em 3 vezes iguais. Aff, tive vontade de dar um soco na cara daquele mal caráter. Saí do consultório e nunca mais voltei ou voltarei naquele lugar.

Conforme orientação do meu outro médico, resolvei esperar pelo aborto espontâneo e assim eu fiz, esperei pacientemente (mentira, não tinha paciência alguma) os dias passarem, um a um, os sintomas de enjoos me matando, até que dia 12/4/15 ocorreu o aborto.

Segue em próximo post...

D38 - 7 semanas


19º

23/03/15 D38 - 7 semanas de gestação

Hoje estou completando 7 semanas de gestação, ansiosíssima para ver a barriga começar a crescer e tb para a próxima semana chegar e poder ver meu bebê novamente.

D32 - 1ª Consulta pré-natal

18º

17/03/15 D32 - 1ª consulta pré-natal

Pra começar foi super complicado arrumar um obstetra que atendesse meu plano de saúde. Hoje os médicos estão tão mercenários que só querem saber de fazer pré-natal particular. Enfim, como pago mto caro pela mensalidade do meu plano, não vou abrir mão de arrumar alguém que atenda pelo meu convênio. 
Consegui um médico um pouco idoso já que atende as pacientes a cada 15 minutos, daí já dá pra tirar o estilo da consulta, mas como precisava começar a fazer o acompanhamento, encarei. De cara já não gostei mto, justamente pela rapidez com que colhia os fatos e tb pela superficialidade que ele tratava as coisas. Ele me passou alguns exames de sangue pra fazer e pediu pra repetir a ultra com 12 semanas, mas logo pedi pra ele que gostaria de repetir com 8 semanas (sei que esse primeiro momento é mto crítico), ele concordou, e fez o pedido e me receitou Meclin para amenizar os enjoos, 50mg a noite. Retorno nele 10 de abril.

D31 - 1º Ultrassom para ver o bebê - 6 semanas

17º

16/03/15 D31

Hoje fiz o primeiro ultrassom. Estava super ansiosa, afinal foram colocados dois blastocistos, então minha expectativa era pra gravidez gemelar. Quando o médico introduziu a sonda do ultrassom, logo vi o saco gestacional, estava grande, bonito, bem formado, porém só havia 1, o outro embrião não sobreviveu e acabou sendo reabsorvido pelo organismo.
Pela idade gestacional estou com 6 semanas, saco bem implantado, embrião lindo de viver, com batimentos cardíacos de 101bpm, comprimento crânio/nádega CCN 3,6mm.
Segundo o médico está tudo dentro da mais absoluta normalidade.

Estamos muito felizes. Tristes pela morte do outro embrião, mas felizes pq há uma vida piscando aqui dentro de mim, mas como confiamos e sabemos que Deus sabe de todas as coisas, seguimos felizes e em segredo, nada de contar ainda pra ninguém!

D25 - Enjoos sem fim

16º

10/03/15 D25

Vomitei pela primeira vez. Estava passando mal demais, gente é enjoo que não acaba mais, cheguei em casa do trabalho que mal conseguia dirigir, coloquei o dedo na garganta e vomitei até o alface que havia almoçado. Melhora um bocado vomitar. Meus enjoos não são a ponto de não conseguir comer. Até consigo comer de boa, mas logo em seguida vem aquele peso no estômago e aquela vontade interminável de vomitar. Quanto mais vazio o estômago, mais enjoo me dá.

domingo, 10 de maio de 2015

D12 pós-transferência

15º

Segunda, 02/03, D12: dia do Beta gente, estou indo colher, mas já acordei passando mal, juro, não é brincadeira, náusea e uma leve dor de cabeça, vontade moderada de vomitar, sinto fome mas não sei o que quero comer. Colhi o sangue e a tarde fui trabalhar normalmente, apesar de estar sendo um dia super difícil.

Tive que voltar do trabalho mais cedo, pois não estava aguentando de tanto passar mal, muuuuita vontade de vomitar, dor de cabeça, tontura. Olhei na internet e o resultado do beta foi 688,3, simplesmente maravilhoso!!! Podem ser os dois!!

No D14 repeti o beta, que deu 1.606,4, mais que dobrou em dois dias e estou muitíssimo feliz!!

D10 pós-transferência

14º

Sábado, 28/02, D10: hoje estive pensando se faria ou não o teste de farmácia amanhã cedo, visto que meu beta está marcado para segunda-feira. Aí, no meio da tarde me bateu uma tranquilidade no coração e algo me dizia para eu fazer sim que ia dar tudo certo, era uma tranquilidade que nem consigo mencionar. Cheguei de um curso às 18h e antes de subir passei na farmácia e perguntei sobre quais os testes de gravidez tinham para vender, a moça me mostrou o Confirme, um outro lá que não lembro o nome e o tal do Clear Blue. Tinha visto uns posts falando que esse Clear Blue é super sensível e que detecta gravidez até 2 ou 3 dias antes do atraso menstrual. Pronto, vi isso como um aviso e comprei o tal Clear Blue, custou 18 reais só. Subi toda confiante, fiz um lanche tranquilamente e olhando pra caixinha. Olhei para o relógio e era hora de aplicar o óvulo de Ultrogestan, foi aí que pensei, vou fazer logo esse teste, pq se der negativo nem gasto mais esse óvulo rss, que pensamente de gente que não crê em Deus, não é mesmo? Mas acho que isso é uma forma que a gente desenvolve com medo de sofrer, de cair de muito alto.

Enfim, vamos lá, molhei a tira do teste na urina e nada de aparecer nada, pensei que tivesse molhado insuficiente e introduzi mais um pouquinho dentro do recipiente a urina e fiquei filmando com o celular. De repente, a tira começou a molhar rapidamente e em seguida apareceu a tirinha controle e a tira confirmando a gravidez logo em seguida. Uhu!! Estou grávida!!!, chorei, chorei, ajoelhei e agradeci a Deus por ter sido tão fiel. Liguei pra minha mãe e contei a ela, pois somente ela e meu esposo estavam sabendo sobre o tratamento. Fiquei parecendo besta esperando o marido chegar em casa para contar a ele. Mostrei o vídeo e ele não entendeu nada kkkkkkkkk, aí quando falei que estávamos grávidos, ele sorriu, me abraçou e choramos juntos, afinal foi muito sofrimento e muito dinheiro investidos nesse tratamento.

Ah, só pra constar, não estava sentindo absolutamente nenhum sintoma de nada, só o tal pesinho no estômago e os seios doloridíssimos. Fomos jantar na nossa pizzaria preferida e não consegui comer direito, mas já sabia que já era por causa do beta que estava circulando no meu sangue.

D9 pós-transferência

13º

Sexta, 27/02, D9: teoricamente hoje eu já estaria apta a fazer o teste de beta, somente pq foram transferidos blastocistos. O teste no D12 é feito quando a transferência se dá com embriões de 3º dia, mas como sou muito obediente vou fazer somente segunda-feira mesmo, mas estou penando seriamente em fazer um testinho de farmácia amanhã e seja lá o que Deus quiser.

Não estou sentindo nada, cólicas, dor de cabeça, fisgadas, absolutamente, nada. A única coisa que sinto é um certo peso no estômago, arrotando logo após comer, como se a digestão estivesse um pouco lenta, mas não considero isso sintomas de gravidez (pois deveria ter desconfiado, pois estes eram de fato os primeiros sintomas que tive e não soube valorizar).

Meu emocional hoje está um trapo, não consigo me concentrar em absolutamente nada. Tenho que trabalhar e não consigo, só consigo procurar depoimentos na internet e engraçado que hoje só tenho encontrado coisas negativas nos blogs. Essa espera, sem dúvida alguma, é a pior fase de todo o tratamento.

D8 pós-transferência

12º

Quinta, 26/02, D8: ainda não sinto sintomas, não sei se isso é bom ou ruim. De fato as dores nos seios diminuíram consideravelmente, mas vamos lá, rumo ao beta com fé em Deus e determinação! Ansiedade está matando, choro todos os dias de tanto nervoso no coração.

D6 pós-transferência

11º

Terça. 24/02, D6: hoje acordei sem sintoma algum, apenas a dor nos seios. Tirando o fato de estar com uma labilidade emocional horrível, chorona, senti um pouco de mal estar apenas a tarde, com uma espécie de sono misturado com fraqueza, vontade de deitar e um peso no estômago como se tivesse comido algo que não desceu bem (esse era o primeiro sintoma da gravidez e eu não pude perceber, na verdade nem dei valor, depois do positivo que percebi que isso já era enjoo só que com intensidade muito fraca). Algumas tonturas leves, muito leves. Tudo isso podem ser os sintomas dos medicamentos, prefiro acreditar que não, mesmo estando com medo de não ter dado certo. Muita ansiedade, muita mesmo, cada vez que penso choro um bocado.

Marcaram meu beta para o D12, dia 02/03, tenho medo de fazer o teste de farmácia antes da hora e dar negativo e meu mundo desmoronar. Todas as coisas que encontrei na internet falando sobre sintomas, as mulheres falavam de cólicas, pontadas, fisgadas, coliquinhas, enfim, tudo o que nunca senti em nenhum momento sequer.

D5 pós-transferência

10º

Segunda, 23/02, D5: hoje no final da tarde me deu um sono horrível, logo associei ao uso da progesterona, pois um dos efeitos colaterais é o sono, sinto sempre mais ou menos uma hora após introduzir o óvulo vaginal.

D4 pós transferência


Domingo, 22/02, D4: estou bem, usando a Primogyna e o Ultrogestan no mesmo esquema da época do preparo do endométrio. Estou sentindo bastante dor nos seios, muito sono e cansaço no corpo, esperançosa, confiante, mas muito ansiosa. lá no fundo quero acreditar que deu, mas não tenho sintomas suficientes para ter certeza que eles estão realmente aqui.


D1 e D2 pós transferência

8º 

Como o dia da transferência é considerado o D0, na quinta-feira (19/02) foi meu D1 e na sexta (20/02) meu D2. Na quinta não senti nada, mas na sexta acordei literalmente morta, numa fraqueza, um cansaço, sem coragem até pra levantar da cama, mas tirando isso o resto estava tudo certo. Na quinta fiz repouso, hoje nem tanto, saí, dirigi, fui ao shopping encontrar uma amiga, nada de anormal, de extravagâncias, e tirando o total cansaço e esgotamento nenhum outro sintoma.


Dia da transferência embrionária - 18/02/2015 D0


O grande dia chegou, quarta-feira de cinzas, 18 de fevereiro de 2015. Acordei bem cedo, tomei um banho e fiz um super suco de laranja pra estimular a vontade de urinar, pq tem que estar com a bexiga doendo de tão cheia (a pior parte). Chegamos à clínica 9:15h, o médico estava na recepção, vendo tv e me esperando, bom demais, feriado, tudo fechado, ninguém pentelhando, a clínica só pra mim. Como já estava tomando o suco desde casa, já cheguei com vontade de fazer xixi. Então, fomos ao centro cirúrgico, meu esposo se trocou e entrou comigo e demos início aos trabalhos. O que era pra ser uma coisa super simples e rápida se transformou num verdadeiro suplício. Meu útero tem posição de anteversão, que é o normal, porém o dito cujo não abaixava nem com a pressão da bexiga. Pra quem não sabe, a bexiga tem que estar cheia justamente pra o útero se tornar mais retilíneo e não tão curvado para anterior, o que é sua posição normal.
Minha bexiga explodindo, aquele bico de pato introduzido lá, uma dor insuportável de vontade de urinar e o catéter não passou para a cavidade uterina justamente pela curvatura entre o colo e a cavidade. Aff, comecei a suar frio, foi então que o médico pegou uma pinça que literalmente pinça e fura o colo do útero, para poder segurá-lo e introduzir um tal de histerômetro, aff gente, vcs não queiram conhecer esse instrumento. Ele é um tubo de metal, que é usado para alargar o colo do útero, justamente para fazer espaço para o catéter com os embriões passarem pelo colo e chegarem à cavidade uterina propriamente dita. Enfim, sofri, sofri, sofri, o medico tentou e quando eu estava quase desistindo e pedindo para ele parar de tanta dor que estava sentindo, ele se levanta e vai falar com a bióloga, acho que nessa brincadeira um dos meus filhos não resistiu e morreu (colocamos 2 blastocistos). Ele voltou e pedi para passar uma sonda e esvaziar um pouco a bexiga, o que deu uma aliviada e então tentamos novamente.

Na próxima tentativa todo o sofrimento novamente, a pinça de bico perfurante (pinça Pozzi - podem pesquisar no google essa bandida), o histerômetro (em duas espessuras diferentes), eu quase quebrando os ossos das mãos do meu marido, e chorando de tanta cólica uterina, até que ouço o médico falar: "consegui". Affs, chorei de tanta felicidade. Esse é o momento mágico que a gente nunca esquece, dá pra ver direitinho o catéter passando e na hora que ele introduz os embriões dois pontos de luzes saíram de dentro daquele catéter e se posicionaram perfeitamente um próximo ao outro, graças a uma gotinha de ar que a embriologista colocou entre os dois.

É um momento único, é muita felicidade, naquele exato momento já me sentia grávida. Ficamos ali uns 30 minutos, o médico, meu esposo e eu (naquela posição, quase nua na maca), conversando e dando o tempo necessário para tirar todos os equipamentos. A bexiga foi esvaziada com sonda novamente (nem preciso dizer que aquilo arde igual infecção urinária, né?), mas o alívio de tê-la vazia compensa o ardor da passagem da sonda, o bico de pato retirado, e fui liberada para ir embora e fazer repouso relativo naquele dia e no dia seguinte seguir vida normal sem fazer esforços. O médico me deu quarta, quinta e sexta de atestado e segui os dias normais, mas subindo as escadas da minha casa com muito cuidado, sem fazer nada de esforços e no mais tudo normal, exceto relações sexuais, as quais foram suspensas até o dia do positivo, até aí tranquilo, pq meninas, minha libido simplesmente desapareceu com essa bomba hormonal toda que tomei, ainda bem que tenho um marido muito compreensivo e que esteve ao meu lado em todos os momentos e decisões.

Resumindo a história da transferência, uma coisa que dura normalmente de 10 a 20 minutos, durou mais de 1 hora de puro e total sofrimento. A unica coisa que eu pensava era, Senhor me ajuda que dê certo para eu não ter que passar tão cedo por isso novamente!
O beta foi marcado para o dia 02/03/2015 que corresponderia ao D12 pós transferência, pois dia em si é considerado D0.

Continua no próximo post...

Preparo para a transferência embrionária - fevereiro 2015



Dia 13 de janeiro de 2015 voltei ao ginecologista para conversarmos e programarmos o momento ideal para a transferência embrionária. Fui orientada a voltar no 2º dia do ciclo menstrual e fazer ultrasom para darmos início ao preparo do endométrio.

Dia 27/01/15 menstruei, ciclo de 36 dias e dia 28 fui fazer o ultrassom que monstrou estar tudo certinho. Nesse mesmo dia comecei a tomar Primogyna 2mg e o endométrio estava com 4,6mm. Segue esquema:
28/01 - 1º dia Primogyna 2mg - 1 comprimido, endométrio 4,6mm.
29/01 - 2º dia Primogyna 2mg - 1 comprimido.
30/01 - 3º dia Primogyna 2mg - 1 comprimido.
31/01 - 4º dia Primogyna 2mg - 1 comprimido.
01/02 - 5º dia Primogyna 2mg - 2 comprimidos.
02/02 - 6º dia Primogyna 2mg - 2 comprimidos.
03/02 - 7º dia Primogyna 2mg - 2 comprimidos.
04/02 - 8º dia Primogyna 2mg - 2 comprimidos, endométrio 6,4mm.
05/02 - 9º dia Primogyna 2mg - 3 comprimidos.
06/02 - 10º dia Primogyna 2mg - 3 comprimidos.
07/02 - 11º dia Primogyna 2mg - 3 comprimidos.
08/02 - 12º dia Primogyna 2mg - 3 comprimidos.
09/02 - 13º dia Primogyna 2mg - 4 comprimidos, endométrio 9,50mm.
10/02 - 14º dia Primogyna 2mg - 4 comprimidos.
11/02 - 15º dia Primogyna 2mg - 4 comprimidos, endométrio 10,6mm, (dor nos seios).
12/02 - 16º dia Primogyna 2mg - 4 comprimidos.
13/02 - 17º dia Primogyna 2mg - 4 comprimidos e início de Ultrogestan 200mg, via vaginal de 8/8 horas até o dia do positivo. Programada a transferência para o dia 18/02/2015, quarta-feira de cinzas.

Segui tomando a Primogyna e o Ultrogestan até o dia da transferência e após ela até o dia do positivo.

Continua no próximo post...

Captação de ovócitos - 15/12/2014


Ao contrário das transferências no mesmo ciclo, onde a gente toma Ovidrel para ocorrer a ovulação, tomei outra medicação, que também fazia a função de maturar os óvulos, porém sem haver a ovulação e assim garantir que não haveria o hiperestímulo. Esqueci o nome, mas depois vou procurar e escrevo aqui.

Em 15/12/2014 foi marcada a captação. Cheguei à clínica bem cedo, em jejum, fui encaminhada para um quarto para trocar a roupa e em seguida para um pequeno centro-cirúrgico. Lá fui preparada por um anestesista que me colocou pra dormir profundamente, não vi nada do procedimento, portanto não sei detalhe algum, somente o que o médico falou depois. A sensação que eu tinha era de fisgadas nos ovários devido eles estarem com muitos folículos e muito grandes tb. Foram esvaziados 28 folículos de diversos tamanhos, 16 deles tinham tamanhos adequados, os demais o médico aspirou para que a minha recuperação fosse mais fácil. No total foram colhidos 13 ovócitos (óvulo é o resultado de um ovócito II fecundado por um espermatozóide), dos quais 9 estavam maduros e por graça de nosso bom Deus todos foram fecundados.

Após todo o processo, fui acordada e voltei para o quarto me trocar. Fiquei deitada por alguns minutos, tomei café da manhã e fui pra casa. O marido me deixou em casa, estava sentindo bastante dor no ovário esquerdo, era uma dor em figada, que incomodava muito, mas passou no dia seguinte. Cheguei em casa e capotei, dormi por alguns minutos e acordei passando mal, estava sozinha. Liguei pra minha mãe que foi pra minha casa fazer companhia e então minha pressão caiu, me deu uma náusea forte e vomitei um pouco, depois disso melhorei. Cheguei à conclusão que foi a anestesia/sedação, mas não sei o que foi que o anestesista aplicou. O resto do dia foi tranquilo e os dias que se seguiram também, sem dor alguma.

Como decidimos congelar os embriões para meu corpo se reestabelecer, desliguei de todas as preocupações e no dia 23/12 fiquei menstruada, ciclo de 19 dias apenas (muito hormônio envolvido). Durou 4 dias o sangramento, um a mais do que o normal, mas depois de tantos hormônios super justificado.

Dos 9 óvulos fecundados (agora sim são óvulos, pq foram fecundados com o espermatozóide do meu marido), 6 evoluíram para o 3º dia, e 3 decidimos levar ao 5º dia a fim de termos blastocistos para a transferência (aumenta a chance de nidação). Porém, acho que foi aqui onde fiz minha primeira  e grande escolha errada. Dos 9 embriões tínhamos 2 bons, 4 intermediários e 3 de qualidade baixa, porém todos passaram nos critérios de seleção da embriologista da clínica. Queria muito que tivesse dado certo, mas escolhi justamente os de qualidade inferior para levar a 5º dia, com medo de que morressem e assim eu não perderia os meus "melhores". Foi onde me enganei. Dos 3 que foram a 5 º dia, um não resistiu e morreu logo no primeiro dia, e os outros dois formaram blastocistos lindos. Ficamos muito felizes e decidimos que nossa transferência seria com esses dois mesmo.

Segue no próximo post...

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Primeiro ovulograma basal - 19/11/2014


19/11/2014

Neste dia fui fazer o ovulograma basal e para minha surpresa eu tinha ovulado no mês de outubro e devido estar tomando o Lupron acabei não absorvendo o corpo lúteo formado pelo óvulo expelido e então estava com um pequeno cisto de corpo lúteo, o que impedia o início do tratamento. Gente, isso é a morte pra gente. A ansiedade é tão grande que a gente não quer perder um segundo sequer.
O médico me disse que eu deveria tomar uns 2 meses de anticoncepcional e isso simplesmente fez abrir o chão sob meus pés na hora. Como não sou de simplesmente aceitar, questionei e então ele disse que era pra eu começar com o Diane 35 e na próxima menstruação voltar pra verificarmos se o cisto havia desaparecido, se sim continuaríamos com o processo da FIV, se não teria que usar mais um mês o anticoncepcional.

Então, dia 19/11 iniciei o 1º comprimido de Diane, fui tomando, tomando, tomando e passando mal, mal, mal, fiquei quase 9 anos sem anticoncepcional e passei muito mal, tive náuseas terríveis, dores de cabeça, enjôos, enfim, tudo o que podia e não podia ter, simplesmente estava sem qualidade de vida. Mandei msg de texto para meu médico e falei sobre os sintomas, estava no 11º dia do comprimido quando decidimos parar de tomar e esperar o sangramento descer. O ultimo comprimido de Diane foi em 27/11.

Dia 04/12/2014 fiquei menstruada e no dia seguinte, 05/12 sexta-feira, voltei a repetir o ultrassom para verificar se o cisto de corpo lúteo havia sido absorvido. Graças a Deus estava tudo ok com os exames e então o médico deu o pontapé para o início das injeções de indução com Gonal 300UI e Luveris 75UI, o esquema foi o seguinte:

1º dia Gonal + Luveris = 05/12
2º dia Gonal + Luveris = 06/12
3º dia Gonal + Luveris = 07/12
4º dia Gonal + Luveris = 08/12
5º dia Gonal + Luveris = 09/12

6º dia, 10/12 ultrassom controle. Neste dia haviam mais de 10 folículos dominantes, sendo que um deles estava com mais de 13mm, os demais com 10mm. Isso deveria ser controlado, pois poderia colocar todo o tratamento em risco, pois se crescerem rápido demais, pode haver rompimento prematuro. Então, foi introduzido com o esquema o Orgalutran 0,25mg/0,5ml. A injeção de de Orgalutran dói bastante, mais que as outras, mas nada insuportável, passa rápido, fica um caroço vermelho no local.

8º dia, 12/12 ultrassom controle. Desde o dia anterior comecei a sentir bastante dor e incômodo no baixo ventre, principalmente quando o intestino está cheio. Até aqui tudo ok, muitos folículos crescendo bem, aproximadamente mais de 15 em tamanhos ótimos.

9º dia, 13/12 ultrassom controle. Esse foi o ultimo ovulograma. Como desenvolvei mais de 20 folículos, sendo mais de 15 com tamanhos maiores que 18mm, havia risco de hiperestímulo e então foi optado por não fazer a transferência embrionária nesse ciclo. Foi marcada a captação dos folículos para 15/12/14. Quando o médico suspendeu a transferência achei ruim, mas depois que o tempo passou, e hoje, após certa experiência, até agradeço por ter sido em um ciclo diferente, pois a gente está tão entupida de hormônios e o endométrio tão banhado de estradiol que as chances de implantação do embrião são menores do que em um ciclo após congelamento dos embriões e somente com preparo do endométrio.

Segue no próximo post...

Início das medicações para indução - 09/11/2014


NOVEMBRO - 2014

Vou colocando as datas aqui em cima, pois estou escrevendo esse blog depois dos fatos acontecidos, então para que fiquem atualizadas com tudo, irei marcando as datas dos acontecimentos.

Após fazer uma série de exames laboratoriais para verificar sorologias e se estava tudo certo com minha saúde, o médico então falou que quando menstruasse em novembro iríamos então dar início às medicações de indução para captação dos óvulos. Para tanto, era necessário contar, a partir do 1º dia da menstruação, vinte dias para iniciar com injeções de Lupron.

Menstruei dia 20 de outubro e no dia 08 de novembro deveria iniciar as injeções de Lupron, medicamento que bloqueia o SNC impedindo que os hormônios naturais LH e FSH atuem no corpo, assim os médicos tem maior manipulação atráves dos hormônios introduzidos e controlar a quantidade de folículos que vão se desenvolver e crescer.
Dia 08 foi num sábado. Saí de um curso ao meio dia e quando passsei na clínica para pegar a medicação estava fechada. Isso mesmo, fechada! Isso pq a moça que orienta as medicações garantiu que estaria lá até 18h. Acho que ela se enganou com o dia da semana. Enfim, fui com a receita em uma farmácia próxima, porém haviam apresentações diferentes da tal injeção e o médico fez o favor de não colocar qtos miligramas queria q eu tomasse, deve estar acostumado a suas pacientes comprarem as medicações em sua própria clínica (algumas são mais baratas lá mesmo). Então telefonei para ele que me orientou a voltar no domingo pela manhã que iria ter gente lá e então ele me daria a receita completa.
Domingo, dia 09 de novembro, portanto no D21 do ciclo, fui até a clínica e comprei a medicação. Vinha em um pote com 14 seringas se não me engano, já pré-preenchidas, tudo bem organizadinho e pensa num remedinho caro, custou por volta de 860 reais o kit com as 14 seringas e esse nem foi o mais caro. No domingo mesmo inciei as aplicações. De todas as injeções que tomei para induzir, esta sem dúvida foi a mais dolorosa, não pela agulha, pois são mto finas, mas o líquido vai entrando e dando uma ardência local, qdo a gente tira a agulha dá vontade de cocar, é um misto de dor com ardência, mas que passa logo. No meu caso fiquei com rodelinhas vermelhas na barriga a cada aplicação, mas que sumiam com alguns minutos. Inventei de pedir para meu marido ajudar, dá uma aflição aplicar injeção em si própria, mas a mãozinha kkkk dele era tão pesada que desisti logo na primeira. Tomei coragem e aplicava sozinha, só foi difícil a primeira mesmo, as outras eram tranquilas.

Injetei o lupron dos dias D21 até o D29, pois no dia 18 de novembro, numa terça-feira menstruei normalmente, ciclo natural de 29 dias. No dia seguinte, segundo dia do ciclo menstrual, fui fazer aquela maldita ecografia menstruada, ninguém merece esse exame nesses dias, mas enfim, bora lá, né? Eles estão acostumados com isso todos os dias.

Segue no próximo post...

terça-feira, 5 de maio de 2015

Quando o sonho/pesadelo começou?



Estou em um relacionamento há 12 anos, e lembro, como se fosse hoje, que aos 5 anos juntos comecei a liberar as tabelinhas. Sim, tabelinhas, pq só tomei anticoncepcional nos 2 primeiros anos de namoro. Como meus ciclos são muito certinhos, fazíamos a danada da tabelinha para não engravidar, e eu achando que era ninja, pq a bonitinha nunca falhou comigo. Mas mal eu sabia que ela nunca falhou não pq eu era super disciplinada, mas sim que havia algum probleminha oculto do qual eu só iria descobrir muitos anos depois.

Durante uns 4 anos deixei a tabelinha de lado e aos poucos comecei fazê-la ao contrário, contava os dias férteis para treinar, isso sem o namoradão na época saber, ele não queria ter filhos, achava que eramos mto jovens, enfim, ele não queria, mas eu queria, então, conforme dava eu programava. 

Os anos foram passando até que em 2013, depois de muitos anos e meses de tentativas, mais precisamente em fevereiro de 2013, engravidei naturalmente. Nossa!!! Difícil descrever com detalhes o sentimento na hora. Foi um misto de alegria e ansiedade com nervosismo, pois eu sabia que qdo contasse para o pai do bebê ele poderia não ter a reação tão esperada, visto que aquela criança era programada apenas por mim rss... Enfim, foi exatamente como imaginei. Minha menstruação atrasou um dia, então pensei, vou esperar até amanhã, pois às vezes tenho ciclos de 29 dias. Esperei mais um e nada, mais outro e nada, então no quarto dia de atraso menstrual fui a um laboratório e fiz o Beta HCG por conta própria (resultado 143). Fui trabalhar e no final do dia pedi para uma amiga olhar pra mim, pois eu sequer tinha coragem de acessar o site. Ela então me ligou e disse: "parabéns amiga, vc vai ser mamãe". Minhas pernas amoleceram, meu chão sumiu dos pés de tamanha felicidade, meu coraçãozinho batia tão forte que é uma emoção única na vida de qualquer mulher que sonha com a maternidade.

A noite minha amiga foi na minha casa, nessa época só namorava com o pai do BB, então decidi não contar pra ele naquele dia (era uma sexta-feira). Minha amiga levou sapatinhos amarelos e ficamos conversando por horas e horas. No dia seguinte, sábado, contei pra minha mãe, que me abraçou e ficou mto feliz, porém no mesmo dia comecei a ter uma espécie de sangramento. Era uma borra marrom, que sujava discretamente o absorvente diário, fiquei em pânico e corri para a emergência do hospital. Chegando lá, o médico examinou e disse que o colo estava fechado, mandou introduzir Ultrogestan de 8/8 horas e fazer repouso.

Voltei pra casa com uma pulga atrás da orelha, mas resolvi seguir as orientações médicas. Os dias foram passando e o sangramento não cessava, então na quinta-feira da semana seguinte fui novamente à emergência e pedi para o médico, além do ultrasson, solicitar um Beta, parece que algo me dizia que as coisas não estavam tão bem. Pimba! O beta que no início, naquela sexta-feira, tinha dado 143, agora deu 34... Já sabia que estava perdendo o BB.

Contei esse trechinho pra dizer que até nas coisas ruins Deus tem um propósito. Como mencionei no início do post, estou em um relacionamento há 12 anos, e nessa época da gravidez perdida não havia sequer conversas sobre casamento, família, etc. Após meu aborto, meu namorado decidiu que era hora da gente resolver nossa vida, e então ficamos noivos. 

Continuamos tentando engravidar novamente, agora com os dois querendo a mesma coisa, durante o ano de 2013 quase inteiro, quando, em novembro de 2013 conversei com meu ginecologista e resolvi fazer uma inseminação artificial. O sêmen foi preparado em uma clínica especializada e levei o tubinho com os espermatozóides para o consultório do meu gineco e lá fizemos a inseminação. Jurava que daria certo, fui pra casa já me sentindo grávida, porém, os dias passaram e ao fazer o beta o mesmo veio negativo. Não deu certo. Chorei por dias seguidos, assim como chorei quando perdi meu primeiro BB, mas o tempo cura tudo e aos poucos fui retomando a rotina. 

Dezembro passou, janeiro e em fevereiro de 2014 resolvi fazer novamente inseminação, só que agora não mais no consultório do gineco, mas sim em uma clínica especializada em fertilização. Conheci um médico simplesmente incrível, totalmente por acaso, pois somente ele e outro atendiam meu convênio médico, foi às cegas, mas acredito que uma das melhores escolhas que pude fazer. Até aí, eu achava que estava tudo certo comigo, nunca tinha feito nenhum exame mais aprofundado para investigar infertilidade e assim foi, pois como era um procedimento apenas de inseminação, não foi feito qualquer exame, apenas o procedimento em si... Mais uma vez não deu certo.

Resolvi sossegar a cabeça um pouco, trabalhei muito nos meses subsequentes, e no mês de julho de 2014 resolvi procurar um outro médico, de uma clínica especializada em fertilização, concorrente da primeira. Encontrei um maluco rsss, verdadeiro maluco, mas que deu o pontapé inicial para que eu enxergasse que meu caminho deveria ser diferente. Além de vários exames laboratoriais, este médico me pediu uma histerossalpingografia, exame que avalia, por meio de raios-X e contraste, como estão as trompas e a cavidade uterina. Exame simplesmente definitivo para qualquer mulher tentante. O resultado foi que minha trompa direita estava obstruída e a esquerda normal, tinha 5 miomas, 2 de tamanhos consideráveis, mas enfim, tirei férias em agosto e voltaria em setembro para continuarmos as investigações.

Após retornar das férias, voltei ao médico com os exames e ele queria me operar dos miomas, mas com cirurgia aberta, tipo cesariana. Falei que ia terminar de fazer uns exames que faltavam e que retornaria em duas semanas para marcarmos o procedimento. Sumi do mapa, nunca mais voltei. Foi aí que retornei àquele médico da inseminação de fevereiro e levei os exames... Minha surpresa, ele disse: "se uma das trompas está obstruída, provavelmente as fímbrias da outra estão "lambidas"", o que me levaria seguramente a um procedimento de FIV,

Resumindo, espermograma do marido tudo OK, miomas uterinos, e trompa direita obstruída, abordo espontâneo na 5ª semana, e conclusão, ciclo de FIV.

Segue no próximo post...

Como nasceu a ideia para fazer este blog



Queridas leitoras, tenho 36 anos e, assim como muitas de vcs, estou em busca do meu grande milagre. Resolvi fazer este blog justamente para passar minhas experiências próprias, compartilhar sonhos, angústias, vitórias, momentos bons e ruins, mas principalmente ser instrumento de esperança para muitas mulheres que buscam na ciência a realização do seu grande sonho que é ser mãe.

Deveria ter pensado nesse blog antes de iniciar os procedimentos para minha 1ª FIV, porém, como tudo foi corrido, acabei deixando passar a oportunidade e só agora vou relatar com detalhes todos os passos que precisei percorrer para concretizar um sonho (fiz um diário como no tempo da vovó). Vou tentar fazer os posts com datas retroativas para dar mais veracidade aos fatos, pois acredito que meus depoimentos possam ajudar muitas mulheres que, como eu, tb recorreram aos milhares de blogs e posts espalhados pela internet em busca, às vezes, de uma única palavra de esperança.

Sejam todas bem vindas, compartilhem seus comentários e depoimentos e vamos fazer uma corrente de orações e pensamentos positivos umas pelas outras, pq só quem não pode/ou consegue ter um filho de forma natural, entende o momento que passamos.

Abraços carinhosos!